sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pesquisar faz parte da elaboração do conhecimento.



No PA- Prática Profissional IV, com a orientação do professor Daniel Perez, desenvolveremos um trabalho referente à avaliação de livros de Filosofia para jovens. O intuito é examinar se os conteúdos estão condizentes com o público alvo, se há uma estrutura e uma elaboração coerente nos textos, se os temas são interessantes e reflexivos, se a linguagem está acessível e se há uma síntese no final do assunto.
Utilizaremos alguns critérios para esta avaliação.

Livro: Vivendo a Filosofia
CHALITA, Gabriel. Vivendo a filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
Gabriel Chalita: Doutor em Comunicação e Semiótica e em Direito
Mestre em Ciências Sociais e em Direito
Bacharel em Direito e em Filosofia
Professor dos programas de graduação e pós-
em Direito da Puc-SP

Itens a serem avaliados:
1. Adequação do livro e público alvo.

O autor elabora um cronograma histórico-filosófico em seu livro, ou seja, ele usa o método horizontal, estabelecendo uma relação muito forte entre Filosofia e os acontecimentos da própria história. Desta maneira o aluno situa-se no tempo podendo relacionar os fatos ocorridos desde a Antiguidade até a contemporaneidade.
Os textos contidos no livro contêm clareza e especificidade fazendo com que o aluno compreenda o conteúdo proposto. Percebe-se que este livro atinge muito bem o público alvo ao qual foi destinado.

2. Diagramação, ilustração e quadros informativos.

Os quadros de texto estão bem organizados, a letras estão legíveis, vem acompanhado de ilustrações que enriquecem o texto confirmando o conteúdo ali expressos.
Os títulos são bem chamativos e logo em baixo vem acompanhados por pensamentos filosóficos.
As cores e a gravuras ali contidas estão em harmonia, sendo agradável aos olhos.
Os quadros informativos contêm informações que explicam conceitos e trazem localização no tempo.
As gravuras fazem com que os alunos entrem em contato com obras de pintores clássicos propiciando assim um enriquecimento histórico- artístico.
Os quadros denominados “conexões filosóficas” tem como característica enfatizar com leituras complementares o assunto que foi trabalhado.

3. Exercícios de Fixação

O autor percorre todo o livro inserindo exercícios denominados “Para discutir e escrever” fazendo com que os alunos reflitam sobre o assunto abordado procurando responder perguntas bem elaboradas pelo autor. Outro quadro importante denominado “Interpretando” o autor coloca dois textos com o propósito de instigar o aluno a fazer uma comparação entre eles e no final dos textos também haverá perguntas pedindo aos alunos para colocarem suas opiniões referentes aos textos.

4. Contexto Histórico e Filosófico.

O autor caminha paralelamente entre a História e a Historia da Filosofia, fazendo com que o aluno tenha uma visão completa entre estas duas áreas, situando totalmente o aluno no tempo.
O autor percorre todas as etapas da Filosofia (Antiga, Média, Moderna e contemporânea).

5. Bibliografia

A bibliografia encontra-se no final do livro com intuito de oferecer orientação para os jovens complementarem e aprofundarem seus estudos em filosofia sempre com obras publicadas em língua portuguesa.
Na bibliografia contém: Dicionários de filosofia: Nele encontram-se definições precisas de conceitos, bem como as diversas acepções com que as palavras foram tomadas ao longo da história do pensamento ocidental.
Introduções ao estudo da filosofia: Ali terão livros que, tal como este, apresenta os princípios da arte do filosofar, ou oferecem iniciação a obra de um dos pensadores aqui abordados.
Estudos sobre a história do pensamento: Estão mencionados livros para aprofundamento, tanto em interpretações abrangentes da história da filosofia, como para o conhecimento de temas e períodos mais específicos.

6. Considerações finais

Ao aluno que está adentrando nesse universo da filosofia, o livro de Gabriel Chalita é uma opção bem valiosa para poder compreender temas dessa natureza. É fundamental o discente ter um breve conhecimento sobre a filosofia e neste caso os livros de Ensino Médio são bem úteis. Dessa maneira, os que ingressarem na Faculdade de Filosofia já estarão mais familiarizados com os temas e conceitos, pois mesmo os que não se enveredarem por esse caminho, nunca é demais o conhecimento para poder fazer uma leitura de mundo mais profunda e crítica.
Este livro também serve de apoio para professores, pois contêm além de conteúdos interessantes, as referências estão bem diversificadas e abrangentes, as perguntas após os textos estão muito bem elaboradas .Ou, o professor que está querendo elaborar o seu próprio livro poderá tirar excelentes idéias do livro “Vivendo a Filosofia”.
‘.

Outro livro avaliado:

Cotrim,Gilberto.Fundamentos da filosofia: história e grandes temas-16.ed.reform.e ampl.-São Paulo:Saraiva,2006.

Gilberto Cotrim:
Professor de História , graduado pela PUC-SP
Cursou Filosofia na PUC-SP
Mestre em Educação e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.

Este livro foi organizado em três unidades, tendo como objetivo abordar as filosofias sob duplo enfoque: a visão temática e a visão histórica.
· Ser humano- Ação e Reflexão: aborda temas introdutórios como cultura, consciência crítica, trabalho e teoria do conhecimento.
· História da Filosofia: oferece uma visão geral do pensamento filosófico ocidental desde a antiguidade até a época contemporânea.

. 1- Adequação do livro e público alvo.

O autor trabalha com uma visão temática e histórica clara e concisa, sempre enriquecida com o pensamento dos grandes filósofos. Ele não segue uma linha do tempo cronológica. O livro tem como objetivo abordar as filosofias sob duplo enfoque- a visão temática e a visão histórica.
Ser Humano- Ação e Reflexão aborda temas introdutórios como cultura, consciência critica, trabalho e teoria do conhecimento
Historia da Filosofia, oferece uma visão geral do pensamento filosófico ocidental desde a antiguidade até a época contemporânea.
Grandes Temas atuais aborda temas de filosóficos relevantes, como filosofia da ciência, filosofia moral, filosofia política e estética.

2- Diagramação, ilustração e quadros informativos.

Toda a página possui uma ou mais gravuras ilustrando bem o conteúdo. Os sub-tópicos estão com letras legíveis e muito bem distribuídas ao longo do texto. As gravuras não estão ao acaso. Todas elas ilustram o tema que está sendo tratado. No final do texto, o autor divide em quatro subitens para melhor ficar organizado o assunto.

3- Exercícios de Fixação
O autor no decorrer de cada capítulo segue distribuição de atividades bem interessantes. Os blocos estão divididos no texto da seguinte maneira:

Análise e entendimento
Perguntas inteligentes sobre o texto proposto

Debate e reflexão
Nesse item o autor procura elaborar perguntas para ser feito um debate ou apenas fazer um comentário.

Para Pensar

È colocado dois mini textos para o aluno pensar e analisar procurando responder algumas perguntas no final da leitura.

Questões

Perguntas sobre os mini textos.

4- Filmes

O autor foi muito inteligente ao colocar um subitem “Sugestões de filmes” no seu livro. Além de enriquecer e complementar o assunto que foi abordado, o jovem poderá fazer ligações com a teoria e o filme na prática. Como sabemos o ser humano registra com maior facilidade o aspecto visual. Os filmes são um deleite para quem curte esse tipo de programa. E as indicações estão bem sugestivas!!!!

5-Bibliografia

As referências no final do livro estão bem diversificadas. Vale à pena verificar.

6- Considerações finais.

O professor e aluno devem procurar estar em constante movimento no que se refere à pesquisa. Esse fator vem a contribuir na construção e fundamentação do seu conhecimento.
Educar pela pesquisa tem como condição essencial primeira que o profissional da educação seja pesquisador, ou seja, maneje a pesquisa como princípio científico e educativo e a tenha como atitude cotidiana. Não se busca um “profissional da pesquisa”, mas um profissional da educação pela pesquisa. Nesse momento entra em cena a urgência de promover o processo de pesquisa no aluno, que deixa de ser objeto de ensino, para tornar-se parceiro de trabalho. A relação precisa ser de sujeitos participativos, tomando-se o questionamento reconstrutivo como desafio comum. Assim, torna-se de extrema urgência o professor instigar o seu aluno a fazer pesquisa, pois os jovens de hoje estão muito acomodados a querer tudo pronto e mastigado. O diálogo será a ponte entre o professor e aluno, pois ambos estarão construindo o conhecimento. Dessa maneira, a relação de ambos no processo da aprendizagem será um fator determinante para a construção do saber e da convivência.


















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